sexta-feira, 8 de março de 2013

“Como voa para longe o tédio, quando o homem faz assédio!”

Hoje saio do formato original do blog para homenagear as mulheres mas, trata-se de uma homenagem sem bajulação e com sincero desejo de liberdade feminina

A frase que dá nome a este artigo é do rancoroso Friedrich Nietzsche

"Na vingança e no amor, a mulher é mais bárbara que o homem". Vingaram-se da opressão, mas talvez alguns valores mereçam novas perspectivas para que seja plena a conquista. Em 1886, quando Nietzsche propôs a reflexão acima, era ainda embrionário o processo de libertação feminina. Liberdade essa que custou um preço alto e que, às vezes, serve como vaidosa lamúria da mulher moderna. Qual delas deseja readquirir o direito à exclusividade do lar? A mulher acrescentou a seu currículo o trabalho e a competição. Compete com homens quando o assunto é profissão e consigo mesma quando a meta é atingir o padrão platônico de "super mulher".
A rotina da mulher do século XXI esconde, muitas vezes, um cerceamento de si. Uma espécie de prisão nefasta, auto sabotagem de seus desejos e valores.
Conseqüentemente, de sua felicidade. Liberdade de trabalho, liberação sexual e o direito de votar! Por tabela: escravidão a padrões esqueléticos e o papel de workaholic, doméstico ou não.
Os estereótipos no papel da mulher são transmitidos de maneira sutil e sedutora.
Corpo magro e jovial, carreira de sucesso, boa esposa, mãe, amiga, secretária (do marido)... Como atingir nota dez em todos os quesitos? Inevitável estresse!
Enquanto as mulheres gladiam-se por esses valores, os homens assistem passivamente ao processo de extinção da espécie "mulher feliz". Como ser feliz com tanta (auto) exigência?
Talvez a simplicidade seja uma virtude oportuna à mulher de hoje. Ser simplesmente o que é. Uma rosa é
simplesmente uma rosa e seu cheiro, simplesmente estupendo. E às mulheres, isso basta.
Eduardo Garcia